abstruso (2ª parte)
Nas minhas regulares conversas comigo mesmo sobre a tua eventual partida aparecem dois temas de forma recorrente. Um que talvez já discuti contigo. Esta discussão normalmente aborda a ideia de que vou conseguir "anular" a minha saudade (emoção) com a convicção de que só indo embora é que tu vais ser feliz (razão). Esta discussão é a minha discussão exógena, que admito publicamente (no contexto das conversas interiores). Básica, mas com um tipo de coerência que de vez em quando consegue me animar.
A outra discussão - a endógena - é menos animadora. Questiono se a tua ausência poderá ter como resultado eu esquecer-te de vez. Stop being moved by you. Não sei se acredito nesta premissa, mas tenho pensado bastante nela.
Quando se faz um zoom out percebe-se que as relações têm prazos diferentes e que são raríssimas as relações que duram uma vida inteira. Neste momento não consigo conceber a minha vida sem ti. Mas se calhar daqui a 5 anos vou olhar para trás e pensar que em tempos fomos amigos, e que foi bonito, mas não será diferente de outras amizades ou relações.
É um pouco assustador pensar que algo que tem tanta importância e significado para mim (tu) pode um dia ser apenas um episódio ou uma fase da minha vida.
A outra discussão - a endógena - é menos animadora. Questiono se a tua ausência poderá ter como resultado eu esquecer-te de vez. Stop being moved by you. Não sei se acredito nesta premissa, mas tenho pensado bastante nela.
Quando se faz um zoom out percebe-se que as relações têm prazos diferentes e que são raríssimas as relações que duram uma vida inteira. Neste momento não consigo conceber a minha vida sem ti. Mas se calhar daqui a 5 anos vou olhar para trás e pensar que em tempos fomos amigos, e que foi bonito, mas não será diferente de outras amizades ou relações.
É um pouco assustador pensar que algo que tem tanta importância e significado para mim (tu) pode um dia ser apenas um episódio ou uma fase da minha vida.