lamentations
Noutro dia alguém disse "detesto conversas sobre dinheiro e parece que ultimamente só falo sobre dinheiro". Pois eu detesto pessoas que passam a vida a lamentar-se e ultimamente parece que não faço outra coisa.
Hoje tenho desculpa (acho) porque estou meio engripado. A minha atitude normal é ignorar as adversidades com fundamento na minha fé inabalável (hmmmm...) no meu próprio sucesso e felicidade. Mas há dias em que a coisa não é fácil.
A "receita" é simples: centrar a atenção nas coisas boas. No dia do meu casamento (no próprio dia!) uma prima disse-me que o segredo do casamento é valorizar os bons momentos e desvalorizar os maus. Na altura pareceu-me um comentário um pouco simplista, mas tenho vindo a atribuir-lhe mais valor as of late.
Este tema lembra-me umas conversas com o meu pai. Estava ele a ler (ou a reler, não me lembro) Bertrand Russel e contava-me que o Bertrand tinha alguns ciúmes do seu gamekeeper porque este era um homem feliz. A sua felicidade residia no facto de a sua única ambição era caçar coelhos. Como ele tinha a oportunidade de caçar coelhos, era feliz. Esta ideia - felicidade é conhecer e atingir os objectivos idealizados - é bem bonita mas para mim não serve. Sou demasiado sonhador, quero e ambiciono demasiadas coisas (muitas delas inatingíveis, pois claro).
Mas qualquer escrutínio à minha infelicidade revela que, não obstante alguamas coisas não estarem a correr muito bem, não me posso queixar porque montes de coisas (aspectos da minha vida) correm lindamente. Esta apreciação global (valorizar o que é importante e desvalorizar o resto) é racional mas hoje não procede.
Hoje tenho desculpa (acho) porque estou meio engripado. A minha atitude normal é ignorar as adversidades com fundamento na minha fé inabalável (hmmmm...) no meu próprio sucesso e felicidade. Mas há dias em que a coisa não é fácil.
A "receita" é simples: centrar a atenção nas coisas boas. No dia do meu casamento (no próprio dia!) uma prima disse-me que o segredo do casamento é valorizar os bons momentos e desvalorizar os maus. Na altura pareceu-me um comentário um pouco simplista, mas tenho vindo a atribuir-lhe mais valor as of late.
Este tema lembra-me umas conversas com o meu pai. Estava ele a ler (ou a reler, não me lembro) Bertrand Russel e contava-me que o Bertrand tinha alguns ciúmes do seu gamekeeper porque este era um homem feliz. A sua felicidade residia no facto de a sua única ambição era caçar coelhos. Como ele tinha a oportunidade de caçar coelhos, era feliz. Esta ideia - felicidade é conhecer e atingir os objectivos idealizados - é bem bonita mas para mim não serve. Sou demasiado sonhador, quero e ambiciono demasiadas coisas (muitas delas inatingíveis, pois claro).
Mas qualquer escrutínio à minha infelicidade revela que, não obstante alguamas coisas não estarem a correr muito bem, não me posso queixar porque montes de coisas (aspectos da minha vida) correm lindamente. Esta apreciação global (valorizar o que é importante e desvalorizar o resto) é racional mas hoje não procede.