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lamentations

Tuesday, November 29, 2005
Noutro dia alguém disse "detesto conversas sobre dinheiro e parece que ultimamente só falo sobre dinheiro". Pois eu detesto pessoas que passam a vida a lamentar-se e ultimamente parece que não faço outra coisa.

Hoje tenho desculpa (acho) porque estou meio engripado. A minha atitude normal é ignorar as adversidades com fundamento na minha fé inabalável (hmmmm...) no meu próprio sucesso e felicidade. Mas há dias em que a coisa não é fácil.

A "receita" é simples: centrar a atenção nas coisas boas. No dia do meu casamento (no próprio dia!) uma prima disse-me que o segredo do casamento é valorizar os bons momentos e desvalorizar os maus. Na altura pareceu-me um comentário um pouco simplista, mas tenho vindo a atribuir-lhe mais valor as of late.

Este tema lembra-me umas conversas com o meu pai. Estava ele a ler (ou a reler, não me lembro) Bertrand Russel e contava-me que o Bertrand tinha alguns ciúmes do seu gamekeeper porque este era um homem feliz. A sua felicidade residia no facto de a sua única ambição era caçar coelhos. Como ele tinha a oportunidade de caçar coelhos, era feliz. Esta ideia - felicidade é conhecer e atingir os objectivos idealizados - é bem bonita mas para mim não serve. Sou demasiado sonhador, quero e ambiciono demasiadas coisas (muitas delas inatingíveis, pois claro).

Mas qualquer escrutínio à minha infelicidade revela que, não obstante alguamas coisas não estarem a correr muito bem, não me posso queixar porque montes de coisas (aspectos da minha vida) correm lindamente. Esta apreciação global (valorizar o que é importante e desvalorizar o resto) é racional mas hoje não procede.

pumped

Monday, November 28, 2005
Depois de uma série de semanas em que o treino andou pouco famoso, corri ontem 20 km (tenho meia-maratona no próximo dia 4 de Dezembro) e senti que a coisa estava "sólida".

meeeeeeeeeeeerda

Wednesday, November 23, 2005
Há dias em que tudo corre mal. Jeez. Eu sou uma pessoa optimista (faço gala dessa minha característica) e imodestamente acho que é uma qualidade minha. Eu e a minha irmã somos optimistas. A minha mulher é pessimista. O meu pai é optimista e a minha mãe é pessimista. A minha avé é champion do pessimismo (faz parecer a minha mãe optmista). O meu avô materno era médio. O meu avô paterno era optimista e a minha avó paterna era pessimista.

Mas hoje nem eu aguentei. As minhas finanças estão saltitando para o abismo. As relações com os dois meus melhores amigos estão cada vez mais estranhas e mais difíceis. O jogo de futebol: FODA-SE! O meu treino e dieta progridem aos tropeções. Discuti com o meu pai.

Vou embebedar-me (que remédio, já há muito que não me drogo à séria). E sonhar com greener pastures.

yet again

Tuesday, November 22, 2005
Another disappointment. Desta vez foi quase; como sempre, recusei a acreditar até acontecer e... não aconteceu. Tenho pra mim - jeez que expressão horrorosa - que a vida é feita de pequenas alegrias e desilusões. De vez em quando surge uma emoção arrebatadora que nos abana violentamente. Ainda não foi desta. Baby steps.

inside and out

Thursday, November 17, 2005
Há dias em que me sinto tão cansado fisicamente que sinto algum prazer. Não sei explicar muito bem mas deve estar relacionado com a sensação de elation that follows my long runs. Deitei-me às 2 da manhã, envinharado e intoxicado. Acordei às 5 para dar de comer ao meu filho. Acordei às 8. Tired and woozy and horny.

smile

Tuesday, November 08, 2005
Hoje quando acordei o meu filho (4 meses) estava ao meu lado. Pouco tempo depois ele acordou e percebi logo que ele não sabia que eu estava ali. Não sabia como é que ele iria reagir. O meu instinto dizia-me que ele iria assustar-se (esta seria com certeza a minha reacção). Mas a verdade é que nunca o vi a assustar-se. De repente virou a cabeça e imediatamente sorriu. I melted.

abstruso (1ª parte)

Thursday, November 03, 2005
Disseste-me há uns dias (semanas? meses?) que te ias embora. Embora significa aqui "adeus" no verdadeiro sentido da palavra. Não é para longe, nem durante um período curto de tempo. É embora mesmo.

Na verdade tu disseste uma coisa muito pior - mais difícil - tu disseste que se calhar ias embora. Para uma pessoa neurótica como eu, a possibilidade é muito pior do que a certeza. Uma certeza é mais fácil de aceitar, de encaixar. Saber que morro daqui a um ano é muito melhor do que saber que vou morrer a qualquer altura durante os próximos três anos.

Esta coisa que me disseste está tearing me up inside. Aqui não há novidade, porque muitas das coisas que me contas produzem este tipo de efeito, desde as mais banais às mais relevantes. Sei que dou demasiado valor às coisas que as pessoas dizem. E frequentemente analiso - e analiso outra vez e volto a analisar - as coisas até deixar de perceber qualquer significado nelas.

abstruso (2ª parte)

Nas minhas regulares conversas comigo mesmo sobre a tua eventual partida aparecem dois temas de forma recorrente. Um que talvez já discuti contigo. Esta discussão normalmente aborda a ideia de que vou conseguir "anular" a minha saudade (emoção) com a convicção de que só indo embora é que tu vais ser feliz (razão). Esta discussão é a minha discussão exógena, que admito publicamente (no contexto das conversas interiores). Básica, mas com um tipo de coerência que de vez em quando consegue me animar.

A outra discussão - a endógena - é menos animadora. Questiono se a tua ausência poderá ter como resultado eu esquecer-te de vez. Stop being moved by you. Não sei se acredito nesta premissa, mas tenho pensado bastante nela.

Quando se faz um zoom out percebe-se que as relações têm prazos diferentes e que são raríssimas as relações que duram uma vida inteira. Neste momento não consigo conceber a minha vida sem ti. Mas se calhar daqui a 5 anos vou olhar para trás e pensar que em tempos fomos amigos, e que foi bonito, mas não será diferente de outras amizades ou relações.

É um pouco assustador pensar que algo que tem tanta importância e significado para mim (tu) pode um dia ser apenas um episódio ou uma fase da minha vida.